Como será o clima em fevereiro no Rio Grande do Sul? Confira a previsão

  • 01/02/2024
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Como será o clima em fevereiro no Rio Grande do Sul? Confira a previsão

Fevereiro é o último mês do chamado verão meteorológico (trimestre de dezembro a fevereiro), embora o verão astronômico chegue ao fim apenas no dia 20 de março, à 0h04. Como mês de verão, obviamente é quente e costuma registrar dias de muito alta temperatura com chuva principalmente de natureza convectiva, ou seja, associada ao ar quente e úmido.

No Sul do Brasil, historicamente, o mês não costuma ser muito chuvoso na maioria das áreas. A exceção é para o Leste de Santa Catarina, do Paraná e às vezes o extremo Nordeste gaúcho por conta da atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul, um canal de umidade que se origina na Amazônia, passa pelo Centro-Oeste e chega ao Sudeste. Às vezes, a inclinação da ZCAS traz chuva abundante para áreas mais ao Leste do Sul do Brasil, exceto o Litoral Sul gaúcho.

Porto Alegre tem em fevereiro algumas das suas maiores médias de temperatura do ano. De acordo com as normais 1991-2020 da estação do Jardim Botânico, a temperatura mínima média é de 20,7ºC, idêntica ao mês de janeiro e superior a de dezembro de 19,4ºC ou março de 19,5ºC. Já a média máxima histórica do mês na capital gaúcha é de 30,5ºC, a segunda mais alta entre os meses do ano, atrás dos 31,0ºC de janeiro.

Na cidade de São Paulo, na estação do Mirante de Santana, a média mínima histórica para o Mirante de Santana é de 19,6ºC, a mais alta do ano. Por sua vez, a média máxima mensal de 29,0ºC é a mais alta da climatologia anual da capital paulista, sendo superior a de janeiro de 28,6ºC.

A chuva média histórica de janeiro em Porto Alegre é de 110,8 mm. Trata-se da terceira menor entre os meses do ano. Já em Florianópolis, a média mensal de precipitação de fevereiro é de 198,3 mm, a segunda mais alta entre os meses do ano e apenas atrás de janeiro. Em Curitiba, média mensal de chuva no mês de 188,7 mm, segundo maior valor da climatologia anual e só superado por janeiro.

Na cidade de São Paulo, a média de precipitação histórica de fevereiro é de 257,7 mm, a segunda mais alta da climatologia anual e somente atrás dos 292,1 mm de janeiro. É o auge da estação chuvosa em muitas cidades do Sudeste do Brasil que têm em janeiro e fevereiro os seus meses mais chuvoso do ano pela influência da instabilidade tropical com ar quente e úmido que traz os temporais, além do impacto dos episódios da Zona de Convergência do Atlântico Sul.

Estado do Pacífico

O último boletim semanal sobre o estado do Pacífico da agência climática dos Estados Unidos, publicado no começo desta semana, indicou que a anomalia de temperatura da superfície do mar era de 1,7ºC na denominada região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Centro-Leste.

Esta região é a usada oficialmente na Meteorologia como referência para definir se há El Niño e ainda avaliar qual a sua intensidade. O valor positivo de 1,7ºC está ainda na faixa de El Niño forte (+1,5ºC a +1,9ºC).

Por outro lado, a região Niño 1+2, está com anomalia de +0,7ºC. O El Niño costeiro junto aos litorais do Peru e Equador teve início no mês de fevereiro e atingiu o seu máximo de intensidade durante o inverno. A maior anomalia de El Niño costeiro na região Niño 1+2 neste ano se deu na semana de 19 de julho com 3,5º C.

O fato de o El Niño ter atingido o seu período de pico no final do ano e no começo de 2024 não significa que o máximo dos seus efeitos ocorra nesta época do ano. No caso do Sul do Brasil, por exemplo, os seus efeitos são maiores na chuva com excessos na primavera, exatamente como ocorreu.

Chuva em fevereiro

Fevereiro, como mês do auge do verão, tem a comum irregularidade da chuva com significativa variabilidade nos totais de chuva de uma área para outra. Em um mês, ponto de um município pode ter muita chuva e outros baixos volumes de precipitação. Os volumes são determinados demais por pancadas que são isoladas.

Neste fevereiro de 2024, o mês começa com chuva muito escassa no Sul do Brasil. Um grande número de cidades da Região Sul, sequer deve ter chuva na primeira semana do mês, em particular no Rio Grande do Sul.

Onde deve chover mais nos primeiros sete dias de fevereiro é no Mato Grosso, Goiás, Centro, Oeste e o Sul de Minas Gerais, áreas de São Paulo próximas de Minas e do Rio de Janeiro, e no estado fluminense. Os acumulados podem ser excessivos em partes de Minas Gerais, Goiás e do Distrito Federal.

Os mapas a seguir mostram a tendência de chuva semana a semana em fevereiro do modelo europeu em que se observa a tendência de um começo de mês seco no Sul do país, aumento da precipitação na segunda semana, mais perto da metade do mês, e um quadro de chuva irregular na região na segunda metade do mês.

Fevereiro, no geral, terá chuva irregular no Sul do Brasil. Haverá área dentro de um mesmo estado com precipitações abaixo e acima da média, mas, no geral, a maioria dos pontos deve ter chuva perto ou abaixo da média.

Com maior irregularidade na chuva, áreas que tiverem precipitação abaixo da média podem se ressentir no campo de escassez hídrica com estresse para as lavouras, como é o caso da soja que nesta época do ano tem seu período de maior demanda hídrica. Este era um risco que antecipávamos no prognóstico de verão.

Com o calor, o estresse vegetativo aumenta, e somente não é pior pela chuva volumosa dos últimos meses que garante índices de umidade no solo muito mais altos que nos últimos verões.

MetSul


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